quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Bombeiro morre e eleva para quatro vítimas de incêndios no Chile





Um bombeiro morreu na quarta-feira , 25, combatendo as chamas na região do Maule, no sul do Chile, tornando-se a quarta vítima destes que são os piores incêndios já registrados no país, informou o corpo de bombeiros chileno.

O bombeiro morreu enquanto resgatava uma família de uma casa que estava prestes a ser consumida pelas chamas perto da cidade de Constitución, 280 km ao sul de Santiago, informou Miguel Reyes, presidente Nacional dos Bombeiros do Chile, à imprensa local.

"Tentaram sair e as pessoas e outros bombeiros conseguiram sair. Ele ficou preso e as chamas tomaram a casa e ele acabou morrendo", acrescentou Reyes.

A vítima, Hernán Avilés, de 27 anos, é o primeiro bombeiro a falecer no combate destes incêndios. Ele pertencia ao corpo de bombeiros da comuna de Talagante, em Santiago, e tinha se deslocado junto com outros voluntários para a região de Maule, onde os incêndios consumiram 80.000 hectares de vegetação.

As primeiras vítimas destes incêndios, declarados pelo governo como a pior catástrofe florestal da História do Chile, foram três brigadistas, mortos há duas semanas perto da localidade de Vichuquen (centro).

No final da tarde, foi declarado um alerta de busca para dois carabineiros desaparecidos nos arredores de um rio na região de Maule, informou a polícia à AFP.

Mais de 4.000 bombeiros, brigadistas, voluntários e militares combatem as chamas em sete regiões do Chile, que consumiram quase 200.000 hectares em uma semana.

Os bombeiros no Chile são voluntários e não recebem salário por seu trabalho.

As regiões centrais de O'Higgins e Maule - sob o estado de catástrofe - são as mais afetadas. Milhares de pessoas foram evacuadas e o fogo matou gado e destruiu pastagens.

Mais de 280.000 hectares foram arrasados por 2.883 incêndios registrados desde julho do ano passado no Chile, segundo a Corporação Nacional Florestal (Conaf).

Projeto leva idosos às ruas de Portugal para grafitar





O projeto Lata 65 leva idosos para as ruas das cidades, onde aprendem técnicas de intervenção urbana e grafitam  em paredes e muros.

Foto: Reprodução / Agência Brasil

A arquiteta portuguesa Lara Seixo Rodrigues, de 37 anos, criou em 2012 o projeto Lata 65, que leva idosos para as ruas das cidades, para aprenderem técnicas de intervenção urbana e grafitarem paredes e muros. A iniciativa quer mostrar que a idade é apenas um número.

“O resultado tem sido impactante. O que nós percebemos foi que usamos a arte urbana para atingir pontos na vida dos idosos que não podíamos imaginar. Eles percebem a rua, a cidade onde vivem,  é um projeto de inclusão. E tem os pequenos desafios como, por exemplo, voltar a desenhar," disse Lara Rodrigues.

Segundo a arquiteta, "há idosos que não desenham há 50, 60 anos, e eles estão superando estes desafios. É uma enorme transformação. Muitas vezes chegam pessoas desgastadas com a vida, cabisbaixas e tristes. E, a partir do momento que vão para a rua, começam a pintar como crianças, super felizes.Eles dizem que é uma experiência para toda a vida.”  

O resultado do projeto surpreendeu a idealizadora, que já viajou por diversas cidades em Portugal, esteve no Brasil e nos Estados Unidos, e têm viagens marcadas para fazer workshops na Espanha. Para dar continuidade ao projeto, Lara busca apoios locais de orçamento participativo e vende camisetas e broches do projeto pela internet.

Até o momento, 257 idosos já participaram de 24 workshops ministrados em ambientes descontraídos para facilitar a aprendizagem de técnicas de intervenção nas ruas. A média de idade entre os alunos é  72 anos e o mais idoso tinha 102 anos. Para os participantes não é apenas uma oportunidade para sair e fazer amizades, mas também um momento de desfrutar da liberdade com criatividade.

Para Lara, aproximar os idosos de formas de expressão habitualmente associada aos mais novos é uma maneira de mostrar que a arte urbana tem o poder de promover e valorizar a democratização do acesso à arte contemporânea, pela simplicidade e naturalidade com que atinge as pessoas.

No Brasil, a iniciativa aconteceu em São Paulo, em outubro do ano passado, a partir de um convite do Seriviço Social do Comércio. De acordo com Lara, a experiência foi extremamente positiva e, para sua surpresa, apesar de o Brasil ser considerado a “Meca” do grafite, a relação dos idosos com a arte urbana é muito semelhante à portuguesa.

“Eu tinha receio de como seria [dar o workshop] no Brasil, pelo contato diário que as pessoas têm com a arte urbana. Mas percebi que, na verdade, as perguntas e curiosidades dos idosos são as mesmas”, afirma Lara. 

Os cursos têm duração de oito a dez horas, divididas em dois dias. A primeira parte é teórica e visual, onde os alunos vão aprender sobre a história do grafite, quem foram os precursores, quais as técnicas existentes, etc. A segunda parte é prática e os idosos aprendem a preparar moldes e saem para pintar o muro.

Lara conta que há idosos que têm dificuldades motoras e que precisam ser ajudados e incentivados. Vê-los em ação é extremamente gratificante. “Há ali [no momento em que estão pintando] uns cliques que os transformam.”

Mary Tyler Moore, estrela da TV dos EUA, morre aos 80 anos





A atriz vencedora do Emmy Mary Tyler Moore, que brillhou nas telas da TV norte-americana como a animada dona de casa em “The Dick Van Dyke Show” e depois como uma feminista em “The Mary Tyler Moore Show”, morreu nesta quarta-feira, aos 80 anos, disse uma representante da artista.

Moore, que ganhou sete prêmios Emmy pelo seu trabalho na TV, morreu na companhia de amigos e do marido S. Robert Levine, disse a representante Mara Buxbaum em comunicado.

Moore foi indicada ao Oscar em 1981 pelo filme “Gente como a Gente”, interpretando uma personagem muito diferente dos seus papéis na TV: uma mulher fria lidando com a tentativa de suicídio do filho de 18 anos.

O show de Moore e o “The Dick Van Dyke Show” estiveram ambos entre os mais populares programas do deu seu tempo, com o primeiro ficando em 7º e o segundo em 20º numa lista do TV Guide de 2013 dos melhores shows da TV.

Perguntada pela Reuters em 2012 sobre como gostaria de ser lembrada, ela disse: “Como uma boa amiga. Como alguém que foi feliz na maior parte do tempo e que teve grande orgulho em fazer as pessoas rirem quando eu fui capaz de fazer isso”.

Moore apareceu na TV no início dos anos 1960, quando muitas das mulheres dos papéis principais eram mães caseiras tradicionais.

Em 1974, ela ganhou um Emmy especial como a atriz do ano. Ela também recebeu um prêmio Tony.

Em 20 anos, Canadá será 50% composto por imigrantes e filhos da imigração





Daqui a 20 anos, praticamente a metade da população canadense será composta por imigrantes ou filhos de imigrantes, segundo um estudo apresentado nesta quarta-feira pelo Statistics Canadá, órgão público de estatísticas do país.

De acordo com o levantamento, em 20 anos, os imigrantes ou filhos de imigrantes representarão de 44,2% a 49,7% da população do Canadá, contra 38,2% de 2011.

O organismo público também indicou que para 2036, "mais da metade dos imigrantes no Canadá serão de origem asiática", enquanto a proporção de imigrantes europeus cairá dos 31,6% de 2011 para um número entre 15,4% e 17,8%.

Além disso, mais de um terço da população (entre 34,7 e 39,9%) em idade laboral (entre 15 e 64 anos) "pertencerá a uma minoria visível", praticamente o dobro que em 2011.

Estas tendências migratórias significarão que, em 20 anos, mais de um quarto da população do Canadá terá uma língua materna diferente de inglês e francês, os dois idiomas oficiais do país.

Em 2011, 20% da população do Canadá, cerca de 6,9 milhões de pessoas, não identificavam nem o inglês nem o francês como sua língua materna. Em 2036, esse grupo da população terá entre 10,7 e 13,8 milhões de pessoas.

Na província do Québec, onde o francês é a única língua oficial, a proporção da população cuja língua materna é o francês se reduzirá de 79% em 2011 para entre 69% e 72% em 2036.